Segunda-feira, 24 de Julho de 2006

Sexto Sentido

Meu Amor,

 

Parecia que sabia que ir-me-ias deixar....

Quando dormias a meu lado... eu apenas queria ficar a olhar para ti... e ficava... dormia 4h se tanto e o resto do tempo... admirava-te!!! Queria ter a certeza que jámais esqueceria o teu rosto, pele, lábios, o teu corpo...

 

Beijava-te levemente para não acordares....

 

Quando me disseste que estavas disposto a construir algo comigo...  foi a primeira vez que deitei e dormi.... foi a nossa última noite juntos!!!

 

beijo...

Gata

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Mais uma gatice

Meu Gato,

 

Sabes bem como respeitei e respeito a tua escolha.... mas.... porque é que continuas triste?

No triângulo amoroso.. percebo que um vértice tenha de sofrer. Eu sou esse vértice ... sou o elo supérfluo ........ mas 2 ou mesmo os 3 vértices a sofrer!!! não faz sentido!!!!

Meu Amor, sabes como eu gosto de ti, prefiro ver-te feliz junto de quem gostas do que triste a meu lado!!!!

Mas eu sofro em vão.... porque tu não és feliz!!!!! não é justo... não compreendo e não aceito!

 

beijos com saudade

 

Gata

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Quinta-feira, 20 de Julho de 2006

Quero é viver...

Amiga,

As coisas comigo também vão andando de forma muito estranha... o mestrado é um descalabro total... não há organização... liberdade de expressão e opinião... tenho constantes discussões com o coordenador, porque ele simplesmente não ouve, nem aceita que haja outra opinião para além da dele.

Os regulamentos existentes, para ele não fazem qualquer sentido, na medida em que se sente rei e Senhor da Terra, para além de se dirigir aos mestrandos como alunos da escola secundária!!!

O que vale é que esta é a última semana de aulas do ano curricular... depois é a tese!!!

claro que em termos afectivos... esta também vai ser a última semana de "contacto"  diário.

já há algum tempo que tinha estabelecido que o limite de convivência e da minha parvoeira seria até ao final do ano curricular...

Assim sendo... esta semana andei a cortar as pontas soltas com o meu Gato...  os assuntos que ainda me atormentavam fui esclarecendo e colocando uma pedra. 

O último foi pedir-lhe encarecidamente, que se ele quisesse poder-me-ia utilizar como desculpa para tudo e para todos, excepto para a mãe dele. Estranhamente tenho um enorme carinho e consideração por uma pessoa que nunca conheci pessoalmente, apenas por relatos do M.. Atormentava-me pensar que A Mãe Gata pudesse ter uma imagem errada de quem sou....

Fez-me bem....

Também apaguei o número  do Gato do meu  telemóvel ... para se acabarem as tentações de "criar" conversa... mesmo como amiga... porque o Gato não sabe separar as coisas, mistura tudo e interpreta mal!!!!

Claro que continuo a gostar perdidamente... mas é um sentimento meu e para não partilhar, nem ser divulgado... até ao dia em que deixe de existir e seja substituído por outro!!!

Linda... para a semana faz 7 meses que ando nesta vida de Gata, com gatices e abandonos, a falar gatês e a não ser compreendida!!!!

Espero que hoje seja o primeiro dia do resto da minha vida....

porque no fundo eu só quero é viver.......

 

Beijos

M.M .

 

Quero é viver...

"Vou viver
até quando eu não sei
que me importa o que serei
quero é viver

Amanhã, espero sempre um amanhã
e acredito que será
mais um prazer

e a vida é sempre uma curiosidade
que me desperta com a idade
interessa-me o que está para vir
a vida em mim é sempre uma certeza
que nasce da minha riqueza
do meu prazer em descobrir

encontrar, renovar, vou fugir ou repetir

vou viver,
até quando, eu não sei
que me importa o que serei
quero é viver
amanhã, espero sempre um amanhã
e acredito que será mais um prazer

a vida é sempre uma curiosidade
que me desperta com idade
interessa-me o que está para vir
a vida, em mim é sempre uma certeza
que nasce da minha riqueza
do meu prazer em descobrir

encontrar, renovar vou fugir ou repetir

vou viver
até quando eu não sei
que me importa o que serei
quero é viver,
amanhã, espero sempre um amanhã
e acredito que será mais um prazer."

António Variações


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Quinta-feira, 6 de Julho de 2006

Antes só... que mal amada

Meu Gato,

 

Aqui ando eu a aprender a viver na solidão.... no vazio de não ter ninguém a meu lado, de procurar o aconchego e o afago e não te ter, Gato, a meu lado.

Não ter o último beijo antes de dormir... e o acordar não ser recheado de carinho.

Levantar a correr para fazer um café, bem quentinho, e umas torradas, como tu, Gato, e eu gostamos. Mas depressa, muito rapidamente para voltar para teu lado... na cama e saborear contigo o pequeno almoço. Sinto falta... e na solidão não há espaço para o aroma do café.

Estou a aprender a não ter o que sinto falta.... hoje é mais fácil que ontem!!!!! Mas ainda há noites duras.... que custam a passar.... sem sono... sem ti... sem o teu amor! com a lembrança vaga do calor do teu corpo, do teu beijo e abraço....

Continuo a viver, em alfa, aquilo que tínhamos falado! Nas fugas mentais viajo até...  Pinchos... Caminha... Moledo... nessas mesmas evasões, entro e partilho a vida que sempre me escondeste, privaste e excluíste ... a tua família , a tua mãe, os teus amigos e profissão.

Tento viver na solidão.... mas não sei como se consegue!!!!!!!!!!!!!

Sinto  falta da tua mão no meu cabelo... ao final de um dia.... o colo... o mimo... as torrinhas !!!

Mas nada disso é meu... já não me pertence, nem tenho esse direito!

Não quero nada pela metade....

Antes só... que mal amada!

 

Para sempre tua

Gata

 

 

 

 

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Segunda-feira, 26 de Junho de 2006

mais um dia neste Porto

Gato,

Tenho sentido a tua indiferença.... trespassa-me de dor!!!!!

Como é estranho saber que não te quero para mim, mas querer-te perdidamente...

Como doi saber que não te tenho... que não me queres para ti!

Mmmmmmmmmmiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaauuuuuuuuuuuuuu

 

Gata

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Sexta-feira, 23 de Junho de 2006

"Gatilha"

Gato

Continuo a escrever-te aqui, neste special place , tudo aquilo que jamais poderei dizer-te... tudo aquilo que o Gato Idealizado por ti compreenderia, mas que o verdadeiro Gato não .

Nunca te disse.... Sempre quis acreditar que tu eras na realidade o Gato Idealizado... mas não ... o gato Idealizado era tudo aquilo que querias ser na vida... o modo de estar e de falar, eras descontraído e lutador, meigo, amante, mas com uma força avassaladora de vencer!!!! Esse foi o gato que amei... aquele que criaste para mim... Que apenas conseguiste manter durante algum tempo...

Este Gato tornou-se um fardo pesado demais para ti... Ter que fingir o que não se é , apesar de quereres tanto ser assim...

Não foi fácil para ti... Mas bem pior foi para mim! ter descoberto que amei o inexistente... amei a projecção da tua imagem, mas com a ausência das tuas  frustrações, medos e dúvidas !!!!

e agora... quando converso contigo... quem me ouve é o Gato verdadeiro... o gatinho ainda a necessitar da protecção da mãe gata... o que não sabe quem é, nem o que quer na vida!!! o frustrado, complexado e que não compreende o que digo!!!!!!

O Gato que tem medo do cão e do rato. Tem medo de errar e falhar.

Só está bem a fazer e a pensar o que todos os outros Gatos pensam e falam, a identidade de Gatilha "!!!!

O individualismo assusta-te!!!! tens medo de seres tu... e não seres aceite! O teu pelo é como o dos outros, o miar e ronronar também, o peixe que comes e as latas de lixo que percorres... são e vão ser sempre o que a gatilha faz, percorre, é, diz e come!!!!

tu não existes!!!! és mais um entre tantos.... És um não ser!!!!

 

A Gata do Gato Idealizado

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Terça-feira, 20 de Junho de 2006

Como Esquecer



Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?
As pessoas têm de morrer, os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar. Sim, mas como se faz? Como se esquece?
Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saiem de lá. Estúpidas!
É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou de coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza so há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguém antes de termina de lembra-lo. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doida, devidamente honrada. É uma dor que é preciso, primeiro, aceitar.
É preciso aceitar esta magoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos moí mesmo e que nos da cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução.
Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos distrairmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado.
O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos, amigos, livros e copos, pagam-se depois em conduídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.
Porque é que é sempre nos momentos em que estamos mais cansados ou mais felizes que sentimos mais falta das pessoas que amamos? O cansaço faz-nos precisar delas. Quando estamos assim, mais ninguém consegue tomar conta de nós. O cansaço é uma coisa que só o amor compreende. A minha mãe. O meu amor.
As pessoas nunca deveriam morrer, nem deixarem de se amar, nem separar-se, nem esquecer-se, mas morrem e deixam e separam-se e esquecem-se. Mas é preciso aceitar, é preciso sofrer, dar murros na mesa, não perceber. E aceitar. Se as pessoas amadas fossem imortais perderíamos o coração.
Há grandeza no sofrimento. Sofrer é respeitar o tamanho que teve um amor. No meio de remoinho de erros que nos resolve as entranhas de raiva, do ressentimento, do rancor ? temos de encontrar a raiz daquela paixão, a razão original daquele amor.
As pessoas magoam-se, separam-se, abandonam-se, fazem os maiores disparates com a maior das facilidades. Para esquece-las, é preciso choca-las primeiro. Esta é uma verdade tão antiga que espanta reparem como ainda temos esperanças de contorna-la.
Para esquecer uma pessoa não há vias rápidas, não há suplentes, não há calmantes, ilhas nas Caraíbas, livros de poesia ? só há lembrança, dor e lentidão, com uns breves intervalos pelo meio para retomar o fôlego.
Podemos arranjar as maneiras que quisermos de odiar quem amámos de nos vingarmos delas, de nos pormos a milhas, de lhe pormos os cornos, mas tudo isso não tem mal. Nem faz bem nenhum. Tudo isto conta como lembrança, tudo isso conta como uma saudade contrariada, enraivecida, embaraçada por ter sido apanhada na via pública, como um bicho preto e feio, um parasita de coração, uma peste, uma barata esperneante: uma saudade de pernas para o ar.
Quando já é tarde para voltar atrás, percebesse que há esquecimentos tão caros que nunca se podem pagar. Como é que se pode esquecer o que só se consegue lembrar! Ai, está o sofrimento maior de todos. Aí está a maior das felicidades.

Miguel Esteves Cardoso, Último Volume

M.M.

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Sábado, 17 de Junho de 2006

Intemporalidade....

Gato...

 

"Ficarás com a certeza que gostei de ti na altura certa de um tempo que jamais vai terminar ."

 

Beijo,

A tua Gata

música ambiente: roads, portishead
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Quinta-feira, 15 de Junho de 2006

Cativar

E foi então que apareceu a raposa:

- Boa dia, disse a raposa.

- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.

- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...

- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...

- Sou uma raposa, disse a raposa.

- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...

- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.

- Ah! desculpa, disse o principezinho.

Após uma reflexão, acrescentou:

- Que quer dizer "cativar"?

- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?

- Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?

- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que fazem. Tu procuras galinhas?

- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?

- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."

- Criar laços?

- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...

- Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...

- É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...

- Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.

A raposa pareceu intrigada:

- Num outro planeta?

- Sim.

- Há caçadores nesse planeta?

- Não.

- Que bom! E galinhas?

- Também não.

- Nada é perfeito, suspirou a raposa.

Mas a raposa voltou à sua idéia.

- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra.

O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...

A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:

- Por favor... cativa-me! disse ela.

- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.

- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!

- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.

- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...

No dia seguinte o principezinho voltou.

- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.

- Que é um rito? perguntou o principezinho.

- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!

Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:

- Ah! Eu vou chorar.

- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...

- Quis, disse a raposa.

- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.

- Vou, disse a raposa.

- Então, não sais lucrando nada!

- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.

Depois ela acrescentou:

- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.

Foi o principezinho rever as rosas:

- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela á agora única no mundo.

E as rosas estavam desapontadas.

 

- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.

E voltou, então, à raposa:

- Adeus, disse ele...

- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.

- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.

- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.

- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.

- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...

- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.

 

O Principezinho, Antoine de Saint-Exupéry

M.M.

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Segunda-feira, 12 de Junho de 2006

The lovecats

We move like cagey tigers
We couldn't get closer than this
The way we walk
The way we talk
The way we stalk
The way we kiss
We slip through the streets
While everyone sleeps
Getting bigger and sleeker
And wider and brighter
We bite and scratch and scream all night
Let's go and throw
All the songs we know...

Into the sea
You and me
All these years and no one heard
I'll show you in spring
It's a treacherous thing
We missed you hissed the lovecats

We're so wonderfully wonderfully wonderfully
Wonderfully pretty!
Oh you know that I'd do anything for you...
We should have each other to tea huh?
We should have each other with cream
Then curl up by the fire
And sleep for awhile
It's the grooviest thing
It's the perfect dream

Into the sea
You and me
All these years and no one heard
I'll show you in spring
It's a treacherous thing
We missed you hissed the lovecats

We're so wonderfully wonderfully wonderfully
Wonderfully pretty!
Oh you know that I'd do anything for you...
We should have each other to dinner huh?
We should have each other with cream
Then curl up in the fire
Get up for awhile
It's the grooviest thing
It's the perfect dream

Hand in hand
Is the only way to land
And always the right way round
Not broken in pieces
Like hated little meeces...
How could we miss
Someone as dumb as this?

I love you... let's go...
Oh... solid gone...
How could we miss
Someone as dumb as this?

The Cure

M.M.


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