Somos portugueses, ainda?!!!
Temos uma língua suficientemente farta de vocábulos para nos exprimirmos...
É referido pelas outras "línguas", que a nossa, a portuguesa, é bastante complicada!
O português tem como marca os múltiplos tempos verbais e cada um específico de acordo com o sujeito. Não nos entregamos à promiscuidade da língua inglesa em que, quer seja Tu ou Vós, conjuga o verbo da mesma forma.
Para além da multiplicidade de opções ainda há os verbos irregulares que fogem às regras e enlouquecem o mais aplicado estudante.
Como cereja no topo do bolo surge a mesóclise ...
(eu não sabia que era assim que se chamava à colocação do pronome pessoal entre o radical e a terminação de futuro ou condicional entre o radical e a terminação de futuro ou condicional)
Vulgo... dá-lo-ei, falar-te-ia e afins
O ex-líbris desta nossa identidade é sem dúvida a "impessoabilidade " do verbo Haver, que conduz as pessoas a "haverem", "houveram" e a outros plurais.
Palavras homónimas, homógrafas, homófonas e parónimas... com os "s " a poderem ocupar o lugar dos "z " ou dos "c" e gerarem dificuldade de comunicação !
Pregamos aos peixes e pregamos os pregos, trocamos cumprimentos por comprimentos, pouca gente se entende!
Mas retomando a razão da minha revolta perante estrangeirices, estrangeiradas e calinadas, está a palavra TSUNAMI...
Incrivelmente, dizem, que em 1755 houve um em Lisboa...
Eu aprendi, segundo Amparo Dias qualquer coisa, autora de renome de livros de ciências naturais, que houve um Maremoto....
Pobres coitados para além de assistirem à destruição da capital têm que levar com uma palavra cuja combinação de letras é inexistente no nosso léxico!
Mas pior, pior...
Ao qual ao grito"oh da Guarda!!!!
São aquelas "coisas" como Scanar , Printar ...
Enquanto o Tsunami é uma palavra universalmente identificada , estas "coisas" são meras adaptações verbais de verbos estrangeiros... que não serão encontradas em nenhum dicionário fidedigno ..
Essas "coisas" não são reconhecidas universalmente, mas sim as palavras estrangeiras que lhe deram origem...
Perante isto apenas consigo dizer...
Tenho medo!!!!
M.M .
ontem estava inconformada..
a revolta foi crecendo.
Acordei com a neura... pequeno-almoço comido com desdem i fuga para o ginásio.
a revolta continuou e houve um momento que fiquei intrigadamente fodida...
com razão e razoes... mas todas pequenas demais para gerar tamnha insatisfação
fui trabalhar...
algumas conversas perdidas que aumentaram a angústia.
decidi ir tomar café.. a local raramente opçao de escolha..
e voilá... gente... conhecida... muita gente...gente que se tentava descartar uns dos outros e eu deles. eu a c. e a e..
fui para a bar metal... onde realmente pela impossibildade de integração nese grupo estava segura. nao iria ter episodios estranhos.
hoje vou jantar ao burguer king... com a E. eo P.... vamos fazer um jantar de reis e lá é o unico sitio com coroas...
decidi levar a mirra, para afastar o mau olhado que teima em não desaparecer.
M.M.
Eles sentaram-me à mesa do medo
no banco mesmo a seu lado
sentia-lhe o corpo hirto
e gelado de tão perto
Sentia-lhe o cheiro podre
de tão velho
que o medo perdeu a idade
no labirinto dos homens
e escorre pela sombra
dos corredores
Eles sentaram-me à mesa do medo
no banco mesmo a seu lado
ouvia-lhe a boca negra dizer-me:
“não penses, assim não sofres”
Virei a mesa do medo
e pensei
que há mais para virar
virei-me por dentro
até despertar
Eles sentaram-me à mesa do medo
no banco mesmo a seu lado
ouvia-lhe a boca negra dizer-me:
“não penses, assim não sofres”
Virei a mesa do medo
e pensei
que há mais para virar
virei-me por dentro
até despertar.
Mafalda Veiga
M.M.
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