(...)
Hoje abri novamente a janela onde sempre me debruço e escrevi: aqui está está a imobilidade aquática do meu país, o oceânico abismo com cheiro a cidades por sonhar, invade-me a vontade de permancer aqui, para sempre, à janela, ou partir com as marés e jamais voltar...
releio o que escrevi há doze anos, neste mesmo lugar: as canetas secaram, os lápis ficaram esquecidos não sei onde. as borrachas já não apagam a melancolia das palavras, a escrita que inventámos evadiu-se do corpo. o vazio devora-nos. onde estivemos este tempo todo? voltaremos a encontrar e a tocar nossos corpos?
Não estás aqui mas vejo-te nítido quando uma pétala de bruma envolve a casa e adormece o desejo. um astro ininteligível e de órbita difícil guia-me, ilumina-te pelas frestas dum espaço oco perscruto o eco do meu corpo, o silente medo de continuar vivo.
sento-me em cima do meu próprio lixo e sorrio. espero que cheguem outros dias com algum sonho, ou destino, mais feliz.
Al Berto
(*) Vânia
@ fuck
@ (...)
@ bichos
@ ...
@ eu
@ amor
@ gato
@ me
@ amizade
@ alma
@ guemil
@ hell
@ fim
@ tu
@ porque é que eu te odeio tanto
@ palavras
@ m.m.
@ medo
@ fuck
@ ATRIUM
@ Cativar
@ Gato
@ Amor...
@ hoje é o primeiro dia do ...
@ Cordão Umbilical
@ Gnü
@ Akiagato
@ A outra face da Cidade Surpreendente
@ Velocidade do som
@ mojo pin
@ Roads